Do sonho.
Sonhar é esquisito. Ou melhor, projetar sonhos é bem esquisito. Tem aqueles dias nos quais você acorda e estranha ter passado alguns momentos ao lado de Mick Jagger, Madre Teresa de Calcutá ou daquele-moleque-que-te-enervava-quando-pirralho. E tem aqueles nos quais você projeta as idealizações. O ser-amado-bem-sucedido-bonito-e-rico. O meu sonho sempre foi ser feliz. Com amor. Nunca foi muito além disso. E aí a gente pára e percebe que quando as oportunidades surgem, sempre vêm com um porém acoplado. Tilintando, acenando, ansiando por deixá-lo ansioso. Emocionalmente emocionante. E as tais vírgulas, ressalvas, empecilhos, ou seja lá que nome tenham, quando analisadas bem de perto, desnudadas de ânsia, se mostram facilmente compreensíveis. Porque amar serenamente é aceitar a vida do jeito que lhe é oferecida. Porém por porém. O bom é não acordar do sonho. É recorrer a ele e transformá-lo.