Do pré-.
As semanas que antecedem comemorações de aniversário não costumam ser tranqüilas. Uma seqüência irritante de coisas-não-dando-certo apontam para uma entrada não muito tranqüila no vigésimo terceiro ano. Engraçado é não ter raiva disso. A vontade é de correr pro abraço, prum amparo cálido e morno, me sentir seguro e protegido num segundo-que-dura-um-século. A vontade é de viver sem pudores.
Dasvedania.
E ao ver minhas mãos fazendo aquele gesto, se arrepiou. Disse que lembrava claramente um barulho que as borboletas fazem, uma mistura do bater de asas com arranhões. Viu a dor de amor em dez dedos. Cinco de cada lado. E pediu mais uma Norteña.
Do aguardo.
Eu te esperava com o melhor sorriso. Treinava feito idiota. Se mais côncavo, mais convexo, se mais largo ou mais blasée, se subliminar ou explícito. Te esperava naquele mundo de gente indo e vindo, chegando e partindo, - ansioso. E, aceitando os silêncios, te espero. Com andar do tempo, aguardo. Piegas, como sempre. Entreaberto.